terça-feira, 31 de agosto de 2010

Os Simpsons

Quando eu era (mais) miúda, não os percebia.

domingo, 29 de agosto de 2010

De como uma expressão vos pode valer umas chapadas

Na quinta-feira fraquejei e deixei que me arrastassem para uma festa da espuma. O sítio, quanto a mim, deixava um bocadinho a desejar, mas um «Deixa-te de merdas, não há nada melhor para fazer e nem é caro. Anda mas'é.» convenceu-me. Argumentos fortes têm este efeito em mim. Entramos e rapidamente me farto de tanta espuma a tresandar ao detergente, à agua gelada, à quantidade de pessoas encostadas a nós, a mexer-nos muito subtilmente em tudo quanto é sítio, tudo muito assim a atirar para um filme pornográfico de má qualidade.
Pois que havia o típico grupinho de barraqueiras a dançar como se estivessem num videoclip do 50 Cent, a atirar com os rabos contra tudo o que fosse do sexo masculino e a tentar aniquilar o género oposto. That's fine to me. Ora, estava eu e os meus compinchas encostadinhos a um canto e tentar mexer o esqueleto, sendo que, adenda importante, aqui a desgraçada é que estava do lado delas. Empurra-não empurra, «Bom, daqui a pouco estamos a dançar dentro da canalização.» e uma das moças solta um «Já 'tázábusar, não oh?». Tudo muito cabelo amarelo com as raizes pretas, tudo muito piercing, tudo muito anel de ouro, tudo muito ténis da Naike, um regalo para os olhos. Uma pessoa fica sem saber o que dizer (aliás, sabe-se, mas também se sabe que, a seguir, já não tem metade do cabelo) e fica-se por um amigável «Oh minha amiga...». Pronto, virou louca. Baixou nela um espírito maligno e toca a «O quê? Mas tu 'tás a gozar c'a minha cara? Vens p'ráqui armada em fina, nem sabes onde te meto!» E começa a subir para cima de nós. Pois é...  E que temos a mania, e que chama os manos e nos mete a todos a comer por uma palhinha. Ora, eu, que nunca andei ao estalo com uma rapariga, fico sem saber o que dizer, o que fazer, fico nervosa, pois com certeza. E toda a gente sabe que, quando fico nervosa, dá-me para sorrir estupidamente e dizer coisas sem grande nexo. Especialmente quando digo à C. que já fomos, vamos levar na boca e ela diz pelo canto da boca «Tens que dar o primeiro murro, não deixes que seja ela. Dá com a mão fechada, senão magoas-te.». Como é lógico, esmerdei-me a rir por lhe ter passado pela cabeça que eu ia, DE FACTO, andar à batatada. Claro que isto irritou ainda mais a Jéssica (claaaaaro, não é?) e vá de ameaçar mais um bocadinho. Por esta altura, já está a discoteca toda de olhos postos nos seis desgraçados de Lisboa que vão levar nos cornos do bando lá da terra. Acho que até vi telemóveis voltados para nós e já estive mais longe de ir procurar vídeos no Youtube. Entre muita ameaça, muito «Vá, nós vamo-nos embora, ela estava a brincar, bazem daqui que não vou bater em miúdas.», nós pusemo-nos a andar com a rapariga a dizer «Diz'ai à tua amiga que se ela se mete com mais piadinhas, 'tá feita!». Ala que se faz tarde e fomos para outro sítio. Os comentários não se fizeram esperar, não é? «Oh Leonor, tu eras capaz de lhe dar uma malha.»    «Foda-se por que é que não foste lá? Já podia riscar uma fantasia minha.»     «O meu pai sempre me disse para eu dar o primeiro murro. E com a mão fechada.»
Acho que fui a única a quem nunca passou pela cabeça, durante todo o episódio, chegar a vias de facto com a miúda. Tenho que me começar a dar com outras pessoas.

Lesada na minha crença

Hoje chego ao meu carro e tenho um papel no vidro a dizer «Olá, eu sou o João Pereira e compro carros velhos, com ou sem problemas.»

Olá, eu sou a Leonor. Então é assim, oh João Pereira, vai lá chamar velho ao raio que t'a parta, mete os teus papelinhos no cu e desopila que este carrinho só há-de ser vendido quando nenhuma das quatro rodas der de si. Até lá, velha e problemática é a puta que te pariu.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Por estes lados, férias significa não vestir umas calças nem calçar um par de sapatos fechados há um mês.

sábado, 21 de agosto de 2010

A sério, a sério?

Uma maçã é um óptimo substituto de uma bola de Berlim na praia? A sério, a sério?

Este Verão já descobri que...

... sou uma exímia jogadora de raquetes de praia. Aah houvesse uma modalidade disto...
... faço o melhor pino debaixo de água do mundo.
... as intoxicações alimentares não são um mito urbano.
... os putos deviam ser proibidos de entrar nas praias, como os cães. Com a diferença que os cães-guia podem. Como não há crianças-guia, nenhum puto devia poder entrar em praias. Muito menos ir à água.
... consigo fazer 316 km em duas horas e meia.
... a minha nova aspiração de vida é possuir e manusear um papagaio com cordelinhos daqueles de voar tão bem como a miúda da frente. Essa podia entrar na praia para me ensinar a fazê-lo.

Por outro lado, não consegui perceber se o homem que esteve no toldo ao lado do nosso era mesmo o Tim ou só um gajo muita parecido.

domingo, 15 de agosto de 2010

Eu e o karma. O karma e eu.

Com que então quiseste ir sair à noite toda gaiteira, com uns calçõezitos e um top tudo assim muito a atirar para o inexistente, não quiseste?
Sim, mas eu tinha chegado nesse dia de férias e não tinha roupa lavada, karma. Vá lá, não faças isso...

E achaste que levar um casaco era coisa de meninos, não achaste?
É verdade, guilty as charged.

Que isto não está frio, que nós vivemos nas Bahamas e que à noite estão 43ºC, não é verdade, minha besta?
Em minha defesa, karma, tenho a repetir que tinha estado uma semana num sítio que não tem nada a ver com esta terra de merda e onde se podia andar nu à noite que ainda se tinha calor.

Não quero saber, sabes o que é que tu mereces, não sabes? Sabes que mereces uma constipação daqui à Lua, com direito a dores de garganta, ouvidos e cabeça, não sabes? Sabes que essa voz vai ser de bagaço durante os próximos 15 dias, não sabes? Sabes que, se baixar a doida em mim, ainda te impeço de ires para Altura na próxima semana, não sabes?
Sim, karma, sei. Mas não me ias fazer isso em pleno Agosto, pois não?

Pois que parece que fez, o filho da puta.

sábado, 14 de agosto de 2010

(continua a ser isto)

Por outro lado, o Entre vidas ou o Em contacto ou o raio c'o parta, mais às traduções da treta, dá-me vontade de rir. De tanta coisa estúpida junta.

De modos q'éisto

Tenho medo de ver o Nip Tuck sozinha à noite. E não quero ver, mas há qualquer coisa que me leva ao 12 da TV Cabo do meu quarto. Que merda.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Girls will be bitches

«Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades» sempre ouvi dizer sem, contudo, perceber muito bem o que queria dizer. Ontem, descobri que não é preciso uma zanga, somente uma ida ao Bairro Alto regada com bebidas da treta para se saber do que realmente interessa. E é vê-las desbobinar que só elas. Adoro. Até a mira se voltar para mim. Aí, já não tem piada e acabou-a-conversa-que-daqui-a-pouco-há-pancadaria.
Eu sei que as raparigas falam mal umas das outras. Eu falo mal de toda a gente, indiscriminadamente. Não ligo a géneros, idades ou credos. Tudo tem material para se falar mal (mal, nunca bem). Mas faz-me impressão que elas só digam quando aqui a própria não se encontra. Faz-me ainda mais impressão que depois sejam muito fofinhas (mas aqui, eu já aprendi a desconfiar. Ninguém é fofinho 24/7.). Mas o que me faz meeeesmo impressão é que acreditem que nunca, jamais em tempo algum, me vai chegar aos ouvidos. Porque toda a gente sabe que quando dizemos «Ouve, se tu lhe contas isto, estou fodida. A sério, estou a contar-te só a ti, hm?», de imediato, entra em acção um qualquer poder que impede que a conversa saia daqueles quatro ouvidinhos. Eu, pelo menos, tenho o discernimento de perceber que, quando digo mal das pessoas, mais cedo ou mais tarde, elas vão saber o que eu disse, seja por mim ou não (e é provável que não seja, porque também não sou parva, não é?). Então não sou fofinha para as pessoas que estive a arrasar há três dias,. Não sou toda eu sorrisos nem prestável e amorosa. E não é que não goste das pessoas em causa que, regra geral, até me aquecem mais do que arrefecem, é só porque depois vou parecer... ridícula. E antes parecer uma cold bitch do que ridícula. Prioridades.
Às vezes, tenho um bocadinho de vergonha de ser mulher porque é um género que, tendo tantas qualidades, a maior parte das vezes, não usa a inteligência que deus nosso senhor lhe deu. Os homens não têm destas merdas. Às vezes, gostava de ser homem.